É verdade que quando acontecem longas festas durante a noite, na maioria dos casos, estas não são bem recebidas pelos vizinhos que, por sua vez, querem apenas desfrutar de uma boa noite de descanso. Agora imaginem se um dos residentes da zona é um assassino psicopata e que não aguenta com estas festas e com os maus hábitos da população que as frequenta? Exatamente! O resultado chama-se Party Hard onde a sua premissa continua na mais recente sequela – Party Hard 2.
Desenvolvido pela Pinokl Games, esta sequela continua a onda de assassinatos iniciada no primeiro jogo através de novas formas criativas e estratégicas pelas noites fora. Uma das novidades de Party Hard 2 é a possibilidade de escolhermos entre quatro personagens que possuem diferentes habilidades, as quais influenciam a jogabilidade e a forma de abordar as missões ao longo do jogo.
A partir do primeiro nível, é possível notar de imediato um novo estilo gráfico, onde anteriormente os cenários e as personagens consistiam em pixel art, mas agora apenas as personagens e os objetos preservam a estética anterior. Os cenários apresentam-se com um visual 3D, resultando numa maior profundidade e detalhe em cada uma das localizações, com layouts bastante diferentes entre si, possuindo uma boa variedade de armas e armadilhas espalhadas em cada um dos mesmos. Esta variedade fornece ao protagonista formas diferentes e criativas de assassinar os seus alvos, sempre na companhia de uma banda sonora que complementa o tom do jogo, com melodias eletrónicas que fazem lembrar o clássico Hotline Miami.
Para além da introdução de novas armadilhas e armas, nesta sequela temos também um novo sistema de crafting que possibilita a criação de novas armas ou explosivos, como por exemplo, a combinação de uma bebida alcoólica com gasolina resultar num molotov. Por falar em bebidas alcoólicas, estas, entre outros objetos, podem ser utilizadas para interagir com os NPC’s de forma a realizarem certas ações que podem ser benéficas para a estratégia do jogador. Isto acaba por dar mais alguma profundidade na forma como abordamos os objetivos de cada missão. Como todos sabemos, ter diversas opções de escolha é sempre positivo.
Para além do objetivo principal do jogo, onde temos de terminar com a vida de indivíduos assinalados (traficantes, entre outros), existem objetivos adicionais que o jogador terá de cumprir e outros que poderá optar por realizar. Estes objetivos opcionais afetam a progressão do jogador que pode decidir de várias maneiras como abordar os seus alvos. Porém, estes não são suficientes para evitar alguma repetição que se começa a sentir com o tempo.
Party Hard 2 entrega a sensação de uma sequela positiva e agradável para os fãs, através de pequenas novidades que complementam a sua jogabilidade. Infelizmente, não achei que as novas mecânicas fossem fortes o suficiente, acabando por resultar em alguma fadiga após poucas horas de jogo. Ainda assim, melhoram, o suficiente, a fórmula estabelecida no primeiro jogo para que os fãs se aventurem novamente nas festas da noite.
O conceito continua interessante
Sistema de crafting fornece mais opções de criatividade
Interação com os NPC’s abre novas abordagens
Escolha entre quatro personagens com habilidade diferentes
Pouca inovação na sua execução
A jogabilidade torna-se repetitiva em pouco tempo
Data de Lançamento: 8 de setembro de 2020 (consolas)
Produtora: Pinokl Games
Editora: tinyBuild
Género: Ação, Aventura, Estratégia
Disponível para: PC, PS4, Xbox One e Nintendo Switch
Foi disponibilizada uma cópia do jogo para análise por parte da tinyBuild. (PS4)